sábado, 12 de março de 2011

NYC III

Os ventos estão melhores por aqui, junto com o tempo mais quente vem uma maior adaptação. Já dizia o ditado popular: quem procura acha, e parece que eu achei. 
Final de semana fui ao Brooklyn para ver umas feiras públicas que rolam por lá. Ir para o Brooklyn é estar em menos de meia-hora em outro lugar totalmente diferente. Ruas, propagandas, pessoas, clima tudo muda. Você consegue andar e ver o céu, tem prédios mais é bem menos, o bairro é bastante residencial. 
A maioria dos moradores são negros, mas também há pessoas de diversos lugares, porém o estereotipo de americano loiro do olho azul você acha em Manhattan. 

O curioso é como as mulheres negras gostam de uma peruca AHAHA é verdade!! De cinco que você vê, três estão de peruca, e não é porque não tem cabelo, é porque gosta de usar peruca mesmo!! auhauhauh Depois que eu comecei a sacar isso, vi como a Rihanna é o 'wanna be' das negras, ela representa exatamente o que é ser uma negra bonita aqui. Para os negros Rihanna é modelo, e para as brancas de Manhanttan é Carrie Bradshaw do filme Sex in the City. Para mim, nenhuma das duas, beijos.

Cara, a parte mais engraçada foi andar e ver uma loja de perucas!!! Muito engraçado as perucas com nome próprio: Joyce, Brand, Sara.. ehehe Imagina entrar na loja: Oi, eu quero o cabelo da Joyce hiuhaiuhah ...
Aqui, as negonas investem muito no cabelo e nas unhas, quer dizer,  nas garras! Enoormes, quanto maior a unha mais aprumada você é.






Nosso destino lá era uma feirinha chamada Skylight One Hanson, ver peças antigas de brechó, bem vintage. O lugar é irado, tem um teto muito bacana, a feira em si é pequena, mas vale a pena porque é dentro de um lugar que parece uma ex-igreja e dá para encontrar acessório vintages por um preço maneiro!! Na verdade tem mais feiras que dá pra conferir no site oficial da Brooklyn Flea: http://www.brooklynflea.com/ ;)

Depois parti para o Prospect Park. É um parque público bem grande, o pessoal vai para relaxar no final de semana, jogar, ler, andar com os cachorros, é maneiro!! Gostei da estátua de Netuno bem na entrada, se liga na cara dele, cheidivinho na mente euheuhe



Depois parti para uma outra feira, mas essa em NYC mesmo, bem no centro, se chama Hells Kitchen Market http://www.hellskitchenfleamarket.com/home/ . É bem maior e ao céu aberto, não vi nada de espetacular, além de produtos que caracterizam esse tipo de feira, porém a diversadidade é grande e a feira tem um clima mais íntimo. Me amarro é em ver fotos antigas , os vinis e os penduricalhos vintage, mas tem roupa, coisa para decoração, etc..




Essa vitrola funciona sem energia elétrica, só na manivela, estava tocando na hora, irada!!

NYC não é uma cidade fácil. Ela é grande, com muita gente, com uma pressão pulsante, com muito desperdício, propagandas enormes e estímulo para consumir muito, mas olhando de fora você entende o porque do seu glamuor. O fato de ser uma ilha ajuda muito na estética e na idéia da cidade, uma ilha é sempre cheia de fantasia, mesmo que seja uma concrete jungle. Quando você pensa na Times Square, na praticidade das máquinas, na qualidade dos produtos e lembra de toda cor, todas as luzes e todos os contraste produzido pela diversidade de cultura, é exatamente o que Frank Sinatra canta em New York, New York: "If I can make it there, I'll make it anywhere, It's up to you"(se eu conseguir fazer lá, consigo em qualquer lugar, só depende de você). Você sente isso aqui porque além de muita coisa acontecer por aqui, a cidade não é fácil de vencer, ela é muito maior que você, e assim conseguir aqui é conseguir em qualquer lugar, porque ÓH não é fácil, mas é um gostoso desafio.




sábado, 5 de março de 2011

NYC II

Adaptar
a.dap.tar
(lat adaptare) vtd  - 1 Pôr em harmonia 2 Fazer acomodar a visão 3 Tornar apto 4 Combinar, encaixar, justapor: 5 Ajustar (uma coisa a outra) 6 Aclimar-se: Adaptar-se ao meio.

Quanto tempo leva para se pôr em harmonia numa mudança total de ambiente?
Só explorando, e se explorando, para saber.




O American Museum of Natural History não merece a fama só pelos enormes dinossauros, apesar de ser um museu científico, ele também vale pela arte. As reproduções perfeitas de animais extintos, cenas da evolução humana, costumes e culturas são perfeitos. É um museu não só para admirar, é para entender, entender mais sobre o início de tudo, de que matérias o mundo é feito e o ser vivo é formado, os porquês de várias ações da natureza e como cada lugar do mundo lidou com esse meio ambiente. Além do mais, é um lugar ótimo para acabar com sua última estúpida pergunta sobre Adão e Eva. Um dia é o bastante para ver isso tudo, já dá pra sair um Einstein de lá. brinks. 








Uma das coisas que divertiu foi ver os pais com crianças e a carinha delas vendo os animais pelo vidro e ficando malucas com aquilo, quando chega na parte dos dinossauros então, ficam doidas! Foi muito fofo ver a reação delas diante de bichos tão grandes para seus pequenos olhinhos!! 
Desde que cheguei, percebo como os pais participam da vida dos filho aqui em NY, sempre vejo pai, mãe e filho em alguma atividade juntos, principalmente no final de semana, envolvendo arte ou esporte. Parece que o nova-iorquino tira o sábado e domingo para ficar realmente com a família e isso é visível tanto no frio- que frio!! =X -quanto nos dias de sol, e é algo sempre com as duas partes juntas, o pai muito presente também. Criar um filho aqui, olhando por essa ótica da cultura e lazer, é maravilhoso, afinal, você pode dar uma noção de cultura geral enorme pro guri, uma oportunidade única devido a quantidade de centros culturais, museus e diferentes ambientes na cidade. Com certeza isso faz toda diferença quando ele se torna um adulto e ajuda a entender a história do lugar.






Quando digo que dá para entender é porque praticamente todos esses centros culturais foram criados por inicitiavas privadas, ou seja, famílias que gostavam de colecionar objetos de arte ou apoiar o desenvolvimento da ciência. Fui ao The Morgan Library Museum que é mais um lugar  fruto desse olhar á frente. Na verdade o espaço era a casa de um bancário famoso de NY, J. P. Morgan, colecionador de livros e peças raras que criou um acervo genial das mais diferentes obras de arte. O lugar é lindo, quemederabrasil ter uma biblioteca igual a dele na minha casa, iria hibernar para sempre dentro de livros cheios de pó. Atchim, acorda mariacreuza!! Mas enfim, desvaneios á parte, o filho dele, um sorturdofdp herdou tudo e resolveu tornar o ambiente público em 1924. Não pode tirar fotos lá dentro, mas sempre rola um google para não deixar na vontade.






Além de quadros, esculturas e muuito livro, o Morgan tem a primeira bíblia de Gutemberg, partituras originais de vários famosos clássicos como Mozart, Chopin, Beethoven, umas paradas interessantes da China e a parte sensacional só com diários de pessoas que fizeram história. Essa sessão foi muito massa de ver porque você conhece um pouco mais sobre pessoas que admira pela obra  pública, mas nunca teve acesso a sua obra particular. Entre eles está os diários de John Newton, Schopenhauer, Einstein, Rousseau e um em especial: os do Henry David Thoreau, gosto muito dos livros dele e ver os diários foi meio que emocionante. Sei lá, quem tem diário sabe a necessidade que tem dentro de si. Li uma frase do Rosseau que dizia: "Além do que eu tenha feito, do que eu pensei, do que eu disse, eu falei sobre o bem e sobre o mal com franqueza igual".

Henry D. Thoreau journal