O novo de Lars Von Trier. Querendo muito!
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domingo, 31 de julho de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Mr. Hitchcock
Alfred Hitchcock, o nome da vez.
Para muitos vivos e outros montes que já se foram, Mr. Hitchcock é o cinema em si. Sempre ouvi isso, sempre vi uma hora ou outra a famosa cena de Psicose, sempre li seu nome citado em diversos textos sobre cinema... Ai sabe quando aquele ícone é tão pop que você acaba se achando íntimo e não vê realmente o que que ele fez da vida? É tipo Marilyn Monroe, a imagem dela é tão famosa que eu sei quem é, mas sinceramente nunca vi nenhum filme e muito menos sei como foi a vida dela, só sei que ela foi Marilyn Monroe, bjos.
Como nunca é tarde para quase nada, esses últimos dias mergulhei no mundo de Alfred Hitchcock e por isso, pelo o menos para o meu aparelho de dvd, ele é o nome da vez! "A Dama Oculta", "Um corpo que cai", "Psicose", "Janela Indiscreta", "Dique M para Matar", "A Sombra de uma Dúvida", foi um atrás do outro!
O cinema de Hitchcock é algo, realmente, sensacional! A câmera leva você para dentro do ponto de vista do personagen, para dentro do mundo deles e das circunstâncias em uma tomada só! Depois de assistir seus filmes é difícil lembrar quando uma cena cortou para outra, ou quando um zoom abriu para o master, parece tudo fazer parte de uma única câmera que não sofreu corte algum. Com roteiros inteligentes e atores magistralmente dirigidos, a tensão vai se construindo aos poucos e pega o expectador de surpresa, saindo de um começo calmo e amistoso para o meio do filme com o crescimento do suspense e depois a surpresa final.
Além da câmera perfeitamente posicionada é possível perceber a qualidade técnica dos seus filmes, uma fotografia que encaixa perfeitamente no roteiro, marcação dos movimentos dos atores dentro de cena muito bem escolhidas e inovações gráficas sensacionais como o transe psicológico de James Stuart em "Um Corpo que cai" ou a abertura de "Psicose", ambos feitos por Saul Bass.
Por coincidência estou lendo um livro muito bom do François Truffaut - "O Prazer dos Olhos" no qual tem um artigo sobre Hitchcock muito interessante. Na verdade, "O Prazer dos Olhos", é um apanhado de textos de Truffaut sobre o cinema da época, tanto francês quanto mundial, e artigos sobre mestres como Jean Renoir, Orson Welles, Charlie Chaplin, entre outros.
Quando fala sobre esse mestre não polpa elogios e faz interessantes observações:
"(...) Constatamos no trabalho de Hitchcock que o estilo de um cineasta pode ser reconhecido pela insistência com que se demora neste elemento da narrativa mais que naquele outro. Podemos descrever tal fenômeno como o slogan "Mostra-me o que filmas um pouco longamente demais, e te direi quem és". A direção de Hitchcock recusa o registro simplista da ação e adota uma escrita que consiste em privilegiar o personagem pelos olhos de quem as coisas serão vistas (e sentidas) por nós, o público (...) Ele comprova que um diretor de cinema pode conhecer o sucesso e permanecer fiel a si mesmo, escolher seus próprios temas, tratá-los a sua maneira, realizar seu sonho e ser compreendido por todos".
Dos anos 20 até os 70 Hitchcock dirigiu mais de 50 filmes e apresentou dois programas de tv, ficando conhecido no mundo todo por sua discrição, inteligência, elegância e absurda facilidade e genialidade em transformar suspense e crime em obra-primas.
Aqui jaz mais uma hospede que demorou um pouquinho mais chegou lá, no Hotel Bates, e que não quer mais sair dessa hospedagem ou da vista de uma janela indiscreta...
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