sábado, 29 de outubro de 2011

Extendida

Finalmente, após sete anos, a Warner Bros lançou O Senhor dos Anéis - Versão Extendida aqui no Brasil. Maior falta de respeito e burrice com quem é fã, levar tanto tempo assim com um mercado bom por aqui... Enfim, o fato é que nas últimas semanas entrei na Terra Média e não sai mais.



Senhor dos Anéis tem tudo grandioso, tanto a história em si e a qualidade da produção, além de ser um belíssimo filme. Mesmo com uns personagens meio mágicos como o Gandalf e até mesmo o Sauron, a história é uma história de homens, você até pensa que na idade média aquilo ali aconteceu mesmo.. A imaginação de Tolkien e a arte de Peter Jackson, juntos, formam um filme que poderia ter sido a história da humanidade, não na realidade, mas no sonho do ser humano. 
Sabe todas essas coisas que você cresce ouvindo, que o homem (no sentido populacional e ao mesmo tempo próximo) tem que, ou melhor, deve ser: honesto, solidário, fiel, tolerante, respeitar o próximo, todas esses traços de personalidade que está no verbal e não na atitude do mundo? Então, na Terra Média os homens de Tolkien eram dotados de todas essas qualidades, mesmo que alguns tenham "caído na escuridão", a maior parte dos personagens são do bem. Senhor dos Anéis é lealdade, amizade, coragem, e o melhor de tudo, bondade. Ver Aragorn ou Éomer, leais, com carater, força e lutando por algo com fervor, você acaba desejando que a história dos homens tivesse sido assim. Porém, por aqui, a gente sabe que o "certo" é uma  coisa, mas passa a vida fazendo outra.






Tolkien era um cara muito letrado, participou de várias Sociedades e durante a guerra, nos horários livres começou seu primeiro livro, escritos do Similarion. Ele era católico fervoroso e bem conservador, acreditava no poder da união, mesmo que fosse algo tão pequeno como um anel. Tolkien acreditava, sim, nos fenômenos ocultos, mas cria, acima deles, na intervenção divina na ordem “natural” das coisas. Ele confiava que os eleitos estão sob a proteção de Deus, o que fica muito claro nas inúmeras situações de “salvação” vividas por Frodo.  Em O Senhor dos Anéis, a moral vai se revelando por meio da ação das pessoas que vão mostrando na prática a maneira correta e a equivocada de agir.




As paisagens são de tirar o fôlego e a vida nos diferentes reinos é perfeitamente reproduzida! Rohan, Minas Tirith, Valfenda, o Condado, tudo feito miniciosamente para parecer o mais real possível. A escolha dos atores também é muito boa. Todos ali encaixaram perfeitamente no personagem, você não sente nenhuma forçassão. 

Mas uma das coisas que me faz mais gostar de Senhor dos Anéis são as mulheres. Assim como nos filmes de Hitchcock as mulheres não são mero objeto de decoração ou esposa de alguém, elas são delas. Arwen e Eowyn são verdadeiras guerreiras, que acreditam e impulsionam os homens. Adoro duas partes da Eowyn: Uma é quando ela mata o Nazgul e o Cavaleiro Negro e ele fala: "Seu tolo, nenhum homem pode me matar" Ai ela tira o capacete da cabeça, saca a espada e fala: "Eu não sou homem" e o mata. 
Tem uma tb, e Rohan, quando Aragorn pergunta o que ela teme e ela diz: "Uma jaula, onde eu tenha que ver meus sonhos e meus desejos passarem por mim e eu não poder alcança-los" É meio mexicano frase de efeito, mas é maneiro:

A cage